"Estamos aqui pela Humanidade!" Comuna de Paris, 1871 - "Sejamos realistas, exijamos o impossível." Maio de 68

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Reuniões abertas aos sábados, às 16H - militância desde 2003.

terça-feira, 18 de julho de 2017

A GREVE GERAL DE 1917

Imagem:  Exibição do documentário “Libertários” e roda de conversa - Centenário da Greve Geral de 1917
(11/07/2017, UFSB - Porto Seguro/BA). Foto/Arquivo: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
SOBRE A GREVE GERAL DE 1917 E NOSSAS MOBILIZAÇÕES NO SEU CENTENÁRIO

        A Greve Geral, que paralisou a cidade de São Paulo em julho de 2017, é resultado do acúmulo de mais de duas décadas de lutas dos(as) trabalhadores(as). Lutas que foram urdidas no contexto da formação da classe operária no Brasil, na qual imigrantes italianos, espanhóis e portugueses - de tradição sobretudo anarquista – imprimiram forte influência. Tais lutas foram travadas em contexto de extrema exploração e violenta repressão. Durante toda a chamada Primeira República (1889-1930) a questão operária foi tratada como questão de polícia, ou, como diziam, a pata de cavalo.
         
       Os trabalhadores(as) eram submetidos(as) a padrões ilimitados de opressão: jornadas de trabalho de 16 horas; arrocho salarial; exploração intensa do trabalho feminino e infantil; condições degradantes de vida e trabalho; extrema criminalização do movimento operário. Em janeiro de 1907 foi aprovada a Lei Adolfo Gordo que determinava a expulsão do país dos estrangeiros envolvidos em greves - só naquele ano houve 132 expulsões. Seus alvos principais eram os anarquistas.

        Mesmo assim, o movimento operário se manteve combativo o tempo todo. Momento importante de sua trajetória foi o 1º de maio de 1907: a Federação Operária de São Paulo (FOSP) convocou greve com a reivindicação da jornada de 8 horas de trabalho. Os metalúrgicos da Cia Lidgerwood foram os primeiros a atender à convocação (4 de maio); em seguida várias outras categorias aderiram. Houve violenta repressão, fechamento da FOSP e várias prisões (14 de maio), mas algumas categorias permaneceram em greve até o mês de junho. Foi também emblemático o 1º de maio de 1912 organizado pelos anarquistas e socialistas do Comitê de Agitação Contra Carestia de Vida, que desencadeou outro importante movimento grevista: os(as) trabalhadores(as) em calçados da fábrica Clark conquistaram, então, aumento de salário e jornada de 8 horas.

       Cinco anos depois, em julho de 1917, os(as) trabalhadores(as) paulistanos(as) desencadearam a Greve Geral que paralisou absolutamente todas as atividades industriais, comerciais, serviços, transportes, iluminação, correios, diversão. Do dia 9 ao dia 16 de julho de 1917, a maior cidade do país tornou-se palco de experiência inédita pela sua radicalidade, pela sua amplitude, pelo fato de ter angariado o apoio de grande parte da sociedade e da imprensa, pela enorme repercussão alcançada em todo o estado de São Paulo e no território nacional. Enfim, pela sua eficácia: foi uma greve vitoriosa. Todo o processo de mobilização vinha sendo construído desde maio/1917, quando foi desencadeada greve pelos(as) trabalhadores(as) têxteis do Cotonífero Crespi. O movimento ganhou força, logo outas categorias também pararam. Em 9 de julho, foi criado o Comitê de Defesa Proletária(CDP), porta-voz das categorias em greve e de todas as associações e núcleos operários e comissões de grevistas de São Paulo. O protagonismo dos anarquistas e, em menor medida, de outros socialistas, caracteriza o movimento. São os princípios libertários que refletem a singularidade da luta: horizontalidade, autonomia, independência e intransigência em relação à repressão, aos patrões e à institucionalidade.

        A ação direta, combinada com intensa prática de agitação e propaganda, consolidou a radicalidade da luta. A principal estratégia da ação direta para os anarquistas, então, era a construção da Greve Geral. Ação direta entendida como autonomia dos trabalhadores para tomar suas próprias decisões. O proletariado só poderia se libertar através de sua própria ação em oposição a ilusões parlamentaristas e representações partidárias institucionalizadas: emancipação só poderia ser autoemancipação. Isto foi levado às máximas consequências na Greve Geral de 1917 tanto nos confrontos com o patronato e a repressão quanto nas instâncias decisórias, onde o princípio era a horizontalidade e a autonomia – não havia burocracias sindicais ou partidárias para congelar o processo. As palavras de ordem eram: o direito à vida e à dignidade humana, só concretizado no princípio da autoemancipação; e a solidariedade proletária cujo significado era a adesão à luta.

        No dia 09 de julho de 1917, as forças repressivas assassinaram o jovem sapateiro espanhol José Ineguez Martinez (21 anos), abatido a tiros por um soldado do 1º Batalhão, Norberto Araújo. Em 11 de julho, São Paulo em peso participou da grande manifestação do enterro que marcou para sempre a história do movimento operário no Brasil: homens, mulheres e crianças portando bandeiras vermelhas e negras – mulheres à frente – ocuparam toda a cidade. O movimento grevista atingiu novo patamar. Os discursos no funeral exigiam a libertação dos grevistas presos; a reabertura das duas entidades fechadas na antevéspera (a Liga Operária da Móoca e a Escola Nova); liberdade de organização; aumento salarial e fim da carestia. Destaca-se aí a figura de Edgard Leuenroth, do jornal A Plebe e membro do CDP.

José Ineguez Martinez: Presente!
        Importante destacar o protagonismo das mulheres na luta e a pungência da imprensa anarquista, que produziu vários jornais nas três línguas mais faladas no movimento (português, espanhol e italiano) – o proletariado é internacional: A Plebe, que continuou a ser publicado até a década de 1950; La Bataglia, La Guerra Sociale, La Barricatta, Avanti (este, socialista), entre outros. José Martinez foi enterrado no Cemitério de Araçá.

        Em 12 de julho foi declarada a greve geral total com mais de 100 mil trabalhadores(as) em luta! Foi anunciada a pauta unificada de reivindicações:

- libertação de todos os grevistas presos;
- garantia de que nenhum grevista seria demitido;
- liberdade de reunião, manifestação e associação;
- abolição do trabalho para menores de 14 anos;
- proibição de trabalho noturno para mulheres e menores de 18 anos;
- aumento de 35% (salários menores), 25% (salários maiores) e 50% para as horas extras;
- garantia de trabalho permanente;
- pagamento pontual a cada 15 dias e, no máximo, 5 dias após o vencimento;
- jornada diária de 8 horas de trabalho e semana inglesa;
- diminuição dos preços dos gêneros de primeira necessidade e dos aluguéis.

        O dia 13 de julho de 1917, sexta-feira, foi o mais sangrento de todos.  Em nome da indefectível manutenção da ordem pública – brandida até hoje contra as lutas dos(as) trabalhadores(as) e do povo – as forças repressivas militarizaram a cidade. Sete mil homens da polícia paulista e das tropas federais concentraram-se em São Paulo. Também a Marinha participou da repressão à greve: o cruzador Reppública e o destroier Matto Grosso foram encaminhados ao porto de Santos. Foram feitas mais duas vítimas fatais: o pedreiro Nicola Salerno (28 anos) e a menina Eduarda Bina (12 anos), atingida por bala perdida(?) - tal como Maria Eduarda da Conceição (13 anos) morta por três balas da PM fluminense em Acari, Rio de Janeiro, quase cem anos depois (30/03/2017). No grande comício da Praça da Sé os(as) trabalhadores(as) reafirmam sua pauta de reivindicações e sua disposição de luta. O movimento conquista duas de suas reivindicações: aumento salarial e readmissão dos grevistas. Ainda neste dia foram proibidos os comícios em praça pública.

         Os(as) trabalhadores(as) em greve não aceitaram dialogar com os patrões, muito menos com a repressão: constituiu-se uma Comissão de Imprensa formada por jornalistas para que fosse encetado o processo de negociação. A Comissão de Imprensa transmitiu a proposta patronal: aumento salarial de 20%; direito de associação; readmissão dos grevistas; pagamento em dia. O comício de 14 de julho, chamado para a sede da Liga Operária da Móoca, mas realizado no Prado da Móoca, foi decidida a manutenção da greve até que todas as reivindicações fossem atendidas.

        No dia 15 de julho, foram atendidas as outras reivindicações – algumas em parte. A 16 de julho, em três grandes assembleias/comícios, os(as) trabalhadores(as) deliberaram o término da greve nos estabelecimentos que se comprometeram a respeitar a pauta acertada e continuidade da greve naqueles que não o fizeram.

        A Greve Geral foi vitoriosa. Na avaliação dos libertários houve importantes – embora relativos – ganhos materiais, mas o que importou mesmo foram os ganhos morais. O principal deles é que a classe operária adquiriu consciência de si. A luta operária ganhou visibilidade e superou na prática e estreiteza patronal e institucional que a considerava exclusivamente questão de polícia. A consciência de classe foi a maior conquista, tornada possível pela concretização do princípio da ação direta.  É este o grande legado da Greve Geral de 1917: radicalidade, horizontalidade, autonomia, construção da autoemancipação – instrumentos eficazes contra os patrões e a repressão e antídotos seguros contra o burocratismo, o oportunismo, o verticalismo, os desvios parlamentaristas e eleitoreiros que estão sempre a rondar o movimento operário e popular.

        Nós, do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, organizamos duas atividades de militância sobre o centenário da maior greve geral no Brasil. Uma aconteceu em nosso espaço/sede, em Belo Horizonte, e a outra, em Porto Seguro/Bahia.

        Em Belo Horizonte, foi realizado o VIIIº Maio de Resistência!  na segunda-feira, dia 29/05/2017. Esta edição teve como tema o Centenário da Greve Geral de 1917. Foram exibidos os seguintes documentários:

- Libertários (Lauro Escorel Filho, 1976, Brasil, 29min.)
- Deu n'A Plebe – A Greve Geral Anarchista de 1917 (Fernando Puccini e João Ricardo, 2007, Brasil, 17 min.).

        Em Porto Seguro/Bahia, foi realizada a exibição do documentário Libertários, com a mesma temática. Aconteceu na Sala Arraial d' Ajuda 01 - UFSB - Campus Sosígenes Costa. Houve duas sessões que contaram com a presença de estudantes e trabalhadores(as) da educação.

        Após a exibição dos documentários, em Belo Horizonte e Porto Seguro, houve rodas de conversas e debates focados na greve de 1917, nas lutas, no repúdio às retiradas de direitos sociais e humanos da classe trabalhadora, no repúdio às retrógradas reformas trabalhista e previdenciária. Temas que envolvem História, Memória, Verdade e Justiça, as violações dos Direitos Humanos, a repressão e o terrorismo de Estado e do capital. O que foi a Greve Geral de 1917 e o que são as propostas de Greve Geral hoje.

        Frequentamos, neste ano, as mobilizações de greve geral de 2017. Fizemos um balanço em nosso coletivo sobre o que foram as greves de 1917 e de 2017. Percebemos, obviamente, grande diferença no que se refere à questão de independência e autoemancipação da classe trabalhadora. Grande parte dos presentes parece não valorizar instâncias independentes que vêm de baixo ou que estão à margem. Percebemos que há uma grande valorização dos setores institucionalizados, atrelados, construídos por cima pelas instâncias de poder. Muitos acreditam que a militância deve priorizar o eleitoralismo e as disputas do parlamentarismo estudantil e sindical. Acabam por criminalizar a militância independente e se submetem ao reboquismo da burocracia sindical aparelhada.

VIVA A LUTA INDEPENDENTE DA CLASSE TRABALHADORA!
2017: Centenário da Greve Geral no Brasil!

Belo Horizonte, dia 18 de julho de 2017
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania

quinta-feira, 6 de julho de 2017

EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO "LIBERTÁRIOS" NO SUL DA BAHIA


CENTENÁRIO DA GREVE GERAL DE 1917
Exibição de documentário seguida de roda de conversa:
- Libertários
(Lauro Escorel Filho, 1976, Brasil, 29min.)
TERÇA-FEIRA, DIA 11/07/2017
Duas sessões: às 16h e às 20:20h
LOCAL: Sala Arraial d' Ajuda 01 - UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) - Campus Sosígenes Costa - Porto Seguro/Bahia.

SOBREVIVENTES DA CHACINA DE PAU D'ARCO (PARÁ) EM BH

Imagem:"Conjuntura: A crise brasileira e assassinatos no campo", debate realizado no Sindados, em Belo Horizonte/MG, com a presença de familiares de camponeses assassinados em Pal D'arco (Pará). Foto/Arquivo: Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania.
MOBILIZAÇÕES EM BH SOBRE A CHACINA DE PAU D’ ARCO (PARÁ)
        Liga Operária e Luta pelo Socialismo, juntamente com advogados, defensores de direitos humanos, estudantes e militantes de movimentos sociais, recebem, em Belo Horizonte, sobreviventes da chacina de Pau D’ arco/Pará. Além dos sobreviventes, familiares de camponeses assassinatos, vieram membros da Liga dos Camponeses Pobres do estado do Pará.
        No dia 03 de julho, houve coletiva de imprensa na Casa do Jornalista e, no Marreta, aconteceu o debate: A situação dos Camponeses no Brasil hoje. No dia 04 de julho, nós, do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, estivemos presentes nas palestras e debates realizados no auditório do Sindados – Conjuntura: A crise brasileira e assassinatos no campo.
        Aí presenciamos o testemunho de camponeses e camponesas sobreviventes da chacina, vítimas do terrorismo de Estado e do latifúndio. Militantes, trabalhadores(as) do campo e da cidade, fizeram declarações de repúdio à chacina  de Pau D’ arco, ocorrida no dia 24 de maio de 2017, na Fazenda Santa Lúcia, estado do Pará. Dez pessoas foram assassinadas: nove camponeses e uma camponesa foram executados, catorze baleados. As execuções foram de forma premeditada - camponeses foram baleados por policiais civis, policiais militares, dois delegados da Delegacia Especializada de Conflitos Agrários do Pará (DECA), um tenente-coronel e pistoleiros da empresa de “segurança” Elmo, contratada pelos latifundiários. Houve tiros nas costas, na nuca e no coração.
        No debate os(as) companheiros(as) vieram demonstrar o que aconteceu e como está a situação. As perseguições e ameaças continuam, mas os(as) camponeses(as) continuam a ocupar a terra e a produzir  alimentos em Pau D’ arco.

TODA SOLIDARIEDADE PARA OS FAMILIARES DAS VÍTIMAS!

EXIGIMOS REPARAÇÃO E ASSISTÊNCIA!

ABAIXO O TERRORISMO DO LATIFÚNDIO, DO ESTADO E DO CAPITAL!

PELO FIM DE TODO APARATO REPRESSIVO!

MORTE AO LATIFÚNDIO!

TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!

Belo Horizonte, 06 de julho de 2017
INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

Leia também - NOTA DE REPÚDIO ÀS CHACINAS DE CAMPONESES, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS NO BRASIL:


PAU D'ARCO: NOTA DE REPÚDIO ÀS CHACINAS NO CAMPO

Imagem/Fonte:  http://www.lpsmundo.org/movimento-popular/movimento-social/626-nota-de-repudio

NOTA DE REPÚDIO ÀS CHACINAS DE CAMPONESES, 
INDÍGENAS E QUILOMBOLAS NO BRASIL
As entidades abaixo assinado vêm a público manifestar seu repúdio à chacina de Pau D`arco, ocorrida no dia 24 de maio de 2017, na Fazenda Santa Lúcia, no estado do Pará.
Nove camponeses e uma camponesa foram assassinados e catorze baleados por policiais civis e dois delegados da DECA (Delegacia Especializada de Conflitos Agrários do Pará),  por policiais militares, entre eles um tenente-coronel e pistoleiros da empresa de “segurança” Elmo, contratada pelos latifundiários. Foi execução dos camponeses, de forma premeditada e cruel, com torturas e tiros na nuca, nas costas e no coração. Depois os policiais descaracterizaram a cena do crime retirando os corpos do local amontoando-os nas carrocerias de duas camionetes. As famílias não puderam nem fazer o velório, pois os corpos dos dez camponeses foram devolvidos pelo Estado encerrados em sacos plásticos em estágio avançado de putrefação.
Repudiamos o assassinato do agente de saúde guarani kaiowá, Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 23 anos, e de outros nove indígenas feridos com armas de fogo durante ataque de fazendeiros e pistoleiros à Fazenda Yvu, retomada pelos Guarani Kaiowá, onde fica o tekoha Tey’i Kue, ocorrido em 14 de maio de 2016. Este foi o primeiro massacre no campo sob a batuta direta de Temer e quadrilha; a polícia militar do Mato Grosso do Sul deu cobertura para pistoleiros e latifundiários atacarem os indígenas.
Repudiamos os acontecimentos de Viana, no Maranhão, onde indígenas da etnia Gamela foram atacados, feridos e chegaram a ter as mãos quase completamente decepadas. A polícia militar também estava presente e deu cobertura para o ataque.
Repudiamos o ocorrido em Colniza, no Mato Grosso, onde foram assassinados 9 camponeses, no dia 19 de abril/2017.  O chefe dos pistoleiros culpados pelos assassinatos foi o 3º sargento da PMRO, Moisés Ferreira de Souza, que já havia assassinado dois jovens camponeses em Cujubim, em 2016, Ruan Hildebran Aguiar, de 18 anos, e Alysson Henrique Lopes, 23. Um deles teve o seu corpo ocultado e o outro foi carbonizado dentro de um automóvel incinerado por esse criminoso com a cumplicidade de outros policiais e pistoleiros.
Repudiamos o assassinato de Valdenir Juventino Izidoro, conhecido como Lobó, no dia 04 de junho de 2017, por pistoleiros, com um tiro a queima roupa, no acampamento próximo da fazenda Trianon, em Rondominas, distrito do município de Ouro Preto D’Oeste. Valdenir participou da reunião com INCRA, Terra Legal, Ouvidoria Agrária Nacional e outros órgãos do velho Estado, em Porto Velho, nos dias 10, 11 e 12 de maio de 2017. Nesta reunião, o Incra se comprometeu a fazer uma vistoria na fazenda Trianon, na semana em que Lobó foi assassinado.
Repudiamos o assassinato do seringueiro de Rondônia JOSÉ PANTOJA BEZERRA, de 59 anos, no dia 07 de Junho de 2017, dentro da reserva extrativista estadual onde morava, no Rio Cautário, de Costa Marques. Ele foi atingido por dois tiros disparados pelo servidor chefe da Resex do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),  Etienne Oliveira Silva.
Repudiamos todos os ataques dos latifundiários e dos órgãos do Estado brasileiro àqueles que lutam pela terra e que necessitam dela para sobreviver e produzir alimentos.
EXIGIMOS A PUNIÇÃO DOS ASSASSINOS E DOS MANDANTES! EXIGIMOS ASSISTÊNCIA E REPARAÇÃO AOS FAMILIARES DAS VÍTIMAS! EXIGIMOS TERRAS PARA OS CAMPONESES E CONDIÇÕES DÍGNAS DE VIDA E DE PRODUÇÃO! EXIGIMOS O FIM DOS APARATOS REPRESSORES DOS TRABALHADORES RURAIS E DOS OPERÁRIOS NAS CIDADES! DISSOLUÇÃO IMEDIATA DA POLÍCIA MILITAR, DOS APARATOS REPRESSIVOS E FIM DESSE GENOCIDA ESTADO BURGUÊS-LATIFUNDIÁRIO, SERVIÇAL DO IMPERIALISMO!

Assinam:
Luta Pelo Socialismo (LPS); Liga dos Camponeses Pobres (LCP); Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania - BH/MG (IHG); Liga Operária (LO); FENADADOS; FEITTINF; SINDPD/PA; SINDPD/SP; SINDPD/PE; Sindpd/DF; SINDPD/GO; SINDPD/GO; SINDPD/RJ; SINDADOS/BA; SINDADOS/MG; SINTECT/MG
 [ENVIE A ASSINATURA DA SUA ENTIDADE PARA lps@lpsmundo.org Ela será traduzida para o inglês e o francês]
Nota reproduzida do link abaixo:
Acesse também o vídeo abaixo: